sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

One More

Mais um teste do brócoli samurai, agora já trabalhando na linguagem visual, usando ink n paint pra ficar com uma cara cartoonesca.
Ainda estou tendo umas dificuldades com o cloth da camisa, e ela ficou muito curta, mas estou trabalhando nesses detalhes.
Também testei os links espada-bainha-mãos, e que deu um trabalho desgraçado, mas acho que tirando uns bugs ficou bem bonitinho.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Só pra bater cartão

Achei esse trabalhinho marcando bobeira no meu desktop do trabalho, então resolvi subir ele aqui (ou tentar pelo menos, porque o blogger tá cheio das frescuras com vídeo ultimamente).
Vou ver se faço isso mais frequentemente também, subir tudo que eu fizer mesmo que ache bobo.

* Feito no flash, a partir do conteúdo de um tablóide impresso da Sportlite. Tempo de trabalho aproximadamente 4 horas. Se alguém for em uma loja da Sportlite, provavelmente vai ver essa anima rolando numa tv \o/

Cheers

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Few Clicks

Hoje me fizeram uma observação sobre como estou mostrando meu trabalho neste blog que foi muito pertinente.

Metade dos meus trabalhos foram realizado na agência onde estou trabalhando, a Agente Design e Propaganda, é só notar os trabalhos mais corporativos como o da Telefônica e o da Adobe.
Alguns clicks de sites da honda que eu participei mais essencialmente como motion designer:

http://www.hondacb300r.com.br/


http://www.novahondabrosmix.com.br


http://www.hondaxre300.com.br

http://www.novahondalead.com.br


Além de diversos banners em
www.honda.com.br

Aos poucos também aparecem trabalhos pessoais meus, como os legumes que tem aparecido, mas isso demora uma eternidade pra ser atualizado...
Sim, estou desanimado demais ultimamente para andar no lado mais pessoal da carreira, mas um dia a coisa há de ir.

Procurando irmãos animadores!
Deixem um comment com seus trabalhos please, vamos trocar figurinhas xD
Cheers!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Telefonica

Acabei de finalizar duas versões de um cartão de natal animado para a Telefonica.
No meio de desenvolvimentos de conceitos, saiu um personagem, que aparece nas duas versões.
A primeira versão ficou mais focada no personagem, e pessoalmente acho que ficou muito melhor que a próxima, quando acharam que estava muito lúdico e tinha que ser mais corporativo.
Seguem as duas versões, que acham?
Lúdico:

Corporativo:


Cheers.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Professional

Finalmente uma animaçãozinha feita no after com cara mais profissional, para fins profissionais:

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Taste

Fianlmente mais alguma coisinhas do brocoli samurai...

Modelado finalmente e com uns testes de cloth apra a roupa...estranho, mas tá ficando legalzinho.
Rendimento útil de meus últimos dias inúteis.
Tempo têm me passado uma sensação de flutuação inconstante e inconsistente, tudo é igual em uma direção borrada, sem velocidade, mas instantâneo.
Só pra escrever qualquer coisa mais pessoal.
Bye

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ninja Carrot

Mais um personagenzinho

Rough


Color


Final


Andei fazendo uns testes em3D, não to conseguindo um resultado muito legal pra começar a tentar animar... travado nesse projeto.
Falta mais um personagem, que deverá ser um tomate, algo como um mercador ou talvez um monge, ainda não pensei muito nisso.
Muitas coisas na minha cabeça, muitas frustrações e expectativas vindas de várias formas...
Cansado.

domingo, 9 de agosto de 2009

Amanhã, no CQC



Algo que não é sobre mim por aqui... hummm...
Oh well, orgulho da minha irmãzinha, amanhã ela estará no CQC como uma das selecionadas para o teste de oitava integrante.
Boa sorte para ela!

*PP* Não vai passar hoje, só semana que vêm =/

sábado, 8 de agosto de 2009

After Effects Delivery

Conforme prometido, uma composiçãoziha boba feita no after.
Anima do boneco+árvores+cenário o que... umas 2 ou 3 horinhas.
Very nice

Em breve coloco mais vegetais desenhadinhos.
Meu novo projeto pessoal, que espero consegui executar finalmente.
Cheers

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Brocoli Samurai

Concept art de personagem para quem sabe uma possível animação pessoal.
Primeiro trabalho com minha nova tablet Genius MousePen 8x6.

Rough

Color

Final

Em breve coloco algo feito no After Effects.
Cheers

sábado, 25 de julho de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

A Vida Como Ela Talvez Seja (escrito pela última vez em 02/07/2008)

Capítulo 1 – A Cozinha
Sobre finalmente escrever

O bife estava mais ou menos duro e mais ou menos salgado. O purê (ou pirê...?) estava com um sabor bom, mas tinha pedaços incomodamente grandes.
- O purê está bom. – Falou Pedro para sua mãe, interrompendo a discussão (ou era alguma conversa normal, nunca sei) que tinha com sua avó. – Mas está pedaçudo.
- Não, não pode ser. – Respondeu a mãe, arrastando no sotaque argentino, com especial entonação por estar recém saída do espanhol enquanto conversava (ou discutia) com sua própria mãe.
As duas começaram a se falar em um espanhol quase incompreensível para ele. Quase, pois não tinha vontade de se concentrar para entender. Sabia somente que era sobre o purê e que tinha um tom de escárnio sobre sua acusação de ele ter pedaços, sobre como haviam esmagado bem as batatas.
- Eu ainda não peguei nenhum pedaço ruim. – Disse a mãe, segurando o garfo com um pouco de purê, com o cotovelo apoiado na pequena mesa para quatro pessoas (que só cabem três, é um saco quando tem que ter quatro sentados). Em seguida, comeu distraidamente.
- Está muito gostosinho – Completou a avó com um portunhol pausado, que Pedro considerava quase como um insulto, apesar de não entender quase nada quando falavam em espanhol pleno.
Durante todo o almoço permanecera calado. Estavam somente os três em casa. Falava pouco durante as refeições. Falava pouco quase o tempo todo, mas pensava muito, pensava demais.
Já me sinto egocêntrico e estúpido, ainda mais usando meu nome de verdade... O que a abuela comia aquela hora...?
A vó tinha no prato dois pedaços de peru, que comia com prazer, dizendo como estava bom. Já haviam se passado cinco dias desde o natal, e ela ainda comia aquele peru com aspecto ressecado enquanto dizia como estava bom... Essa parte, Pedro havia entendido, pelo menos.
Alguns instantes depois, sua mãe olhou-o com uma expressão de surpresa, apontando para sua boca, após colocar um tanto de purê nela.
- Achei um pedaço, grande até. – Disse, voltando-se para a avó. – E cru ainda! Bom, eu admito quando eu estou errada.
Isso o irritou um pouco, sentiu-se ignorado.
Pensando bem, agora me sinto estúpido por ter sentido isso.
A poucas dentadas do fim do bife, sua mãe perguntou com entusiasmo se gostaria de um pedaço de turrón de jijona, um doce típico espanhol, feito de castanhas e mel, que sua avó havia trazido (da Argentina...). Ele estranhou o entusiasmo.
Alguns segundos depois, assim que terminou o seu prato, sua mãe o recolheu.
- Quer uma manga? – Perguntou.
Fingiu pensar na opção da manga, para não disfarçar a irritação e dizer logo “eu quero é o turrón, poxa!”.
- Pode ser. – Respondeu sentindo o gosto da manga em sua mente e considerando as duas sobremesas.
Coisa de gordo.
Ela se esgueirou por trás dele, sentado entre a mesa e o balcão com talheres e outros objetos da cozinha. Observou a avó e notou o espaço detrás dela (estava à sua frente). A porta da área de serviço aberta dava um espaço mais tranqüilo para uma passagem à geladeira. Não importava quem estava sentado à mesa e em qual posição, sua mãe sempre fazia questão em passar por trás dele para passar para qualquer lugar, e isso o irritava profundamente, mas nunca demonstrava. Era nessa aparente calma que ele, naquele momento, pensou que devia estar a explicação daquilo. Era o mais calmo da família, o mais “manso”, e ela sabia que o risco de receber alguma resposta negativa naquilo seria muito menor com ele. Sabia inconscientemente, pelo menos.
Naquele momento decidiu que deveria escrever aquilo.
Lembrar de tudo é feito por uns lapsos de cenas e imagens, juntando com falas, e tudo sem saber exatamente se aconteceram daquela forma, se eu adaptei para memorizar melhor ou se estou inventando. O pior de tudo é quando eu não acredito em mim mesmo, contando algo que eu tenho realmente a lembrança de ter acontecido daquela maneira. Em um lapso, eu pulo da geladeira abrindo, passando pela minha vó pegando um garfo pra mim, na gaveta atrás de mim, porque não lembro de forma alguma porque eu mesmo não peguei. Ela foi demorada e irritante, escolhendo o garfo enquanto minhas costas estavam esmagadas entre a gaveta e a mesa no meu peito.
Comeu com gosto a manga, ou que estava no prato pelo menos. Dois pedaços grandes e suculentos, enquanto via a mãe comer com as mãos os restos.
Minha mãe, sempre come restos. Isso me dá uma pena tremenda, não acho justo, me sinto mimado e mal-agradecido, e penso se ser pai é isso, dar a polpa para o filho e chupar o caroço. Tempos atrás isso era mais uma certeza, via quase como uma obrigação dela e com mais naturalidade. Depois de um tempo que percebi que essa era a forma de se dedicar aos filhos que ela tinha. Neuróticamente altruísta (pelo menos quando se tratava de comida), eu diria.
O primeiro pedaço estava doce e no ponto, suculenta e sem fiapo. Quando começou a comer a segunda, estranhou ter sentido um forte gosto de laranja na fruta. (Eu tinha memorizado algo sobre a mexerica que minha vó comia, e relacionar com isso, mas esqueci). Ia comentar, mas teve preguiça. Convenceu-se depois de alguns instantes que é o mesmo gosto de sempre e ele estava sugestionado pela imagem da mexerica.
Quando terminou, perguntou (gordo!) pelo turrón. A mãe tirou-o de um armário inferior no balcão. Tirou uma caixa fechada e depois uma caixa aberta. Coçou a cabeça olhando a caixa aberta (coçou deve ser forma de expressão, não reparei). Pedro já tinha percebido quando ela mencionou o doce pela primeira vez que havia se esquecido de que já o haviam aberto no dia anterior.
- Eu não entendo, eu devo ter cortado uma caixa inteira no natal, certo?
- Esse é outro, mãe.
- Mas não eram três?
- Sim, eram três. – O portunhol da avó. – O do natal devia ser do Tomaz.
Tomaz é meu irmão mais velho que, com o tempo, embutiu um medo subconsciente em nossas mentes em usar qualquer coisa que fosse dele.
- Esse é outro, mãe.
- Mas porque está aberto?
A avó se levantou pela metade, apoiou uma mão na mesa e pôs a outra na caixa que a filha segurava e olhou para Pedro, com uma cara de espanto.
- Que distraída! – Exclamou olhando para ele. – Não se lembra? Já abrimos este! Essa menina é muito avoada.
Pedro às vezes se irritava com a distração da mãe, mas se irritava ainda mais com as acusações da avó. Alguns dias antes, confrontou a avó, dizendo que era muito exigente com sua filha, que isso não era saudável e conseguia ser irritante também. Sua mãe ficara orgulhosa e quase emocionada com aquilo.
Depois não tive saco pra argumentar a minha acusação, balancei a cabeça enquanto ela dizia, em espanhol pleno, que aquilo não era verdade, e me entreguei de ser preguiçoso demais para continuar a conversa.
- Mas não eram três? – Continuou a mãe.
- Esse é outro, mãe. Abrimos ontem, ou antes.
Ela se sentou. Abanou a cabeça enquanto pegava uma faca e cortava um pedaço do doce.
- Não sei, eu não...
Ela estava com um pedaço na mão, entregando-o ao filho (a comida sempre pro filho primeiro), e parou. Pedro notou uma sensação de déjà vu em seu olhar.
Na verdade, não a olhei nos olhos pra notar isso, mas percebi que tinha se lembrado durante a ação repetida do dia anterior.
- É verdade! Abrimos outro dia. Quando foi? Agora me lembro. Você comentou que tinha menos pedaços de amêndoas.
Pedro disse novamente que havia sido no dia anterior, mas não foi ouvido. A avó exclamou uma satisfação absurda com a conclusão do assunto.
O telefone tocou e a mãe foi atender. Pedro terminou o doce, enrolou um pouco e se levantou.
- Permisso. – Disse pedindo licença para a avó.
Era uma das poucas palavras que falava em espanhol com a avó, talvez fosse para garantir sua saída e manter-se educado. Entretê-la por um segundo, como se fosse um afago ou um comentário gentil, ceder-lhe aos ouvidos a voz do neto na língua ancestral. Normalmente dizia com um sotaque afetado e cômico. Agora num tom como se dissesse “Vá se danar”, sem querer.
Vá se danar? Será que coloco vai tomar no cú?
Enquanto escovava os dentes, decidiu. Começo tudo por aquilo. Capítulo 1 – A Cozinha. Claro, não ia chamar assim, ainda não pensei em um nome pra nada disso.



Capítulo 2 – Primeiras Baladas
Minha primeira ocorrência de uma história legal?

Isso ocorreu há mais ou menos sete anos (sete anos!!!)... O que acontece quando, por sete anos, a mesma história é contada várias vezes? Ela é recorrida pela memória, pela lembrança do evento, ou recapitulada por cada vez contada, carregada por cada distorção eventual dos fatos? Nessa, não lembro de precisar mentir muito... “Pedro, conta alguma coisa legal que aconteceu com você.”
Parte da juventude de Pedro foi marcada por medos, inseguranças e ansiedades. As fases de baladinhas pré-adolescentes e idas ao cinema haviam sido percorridas com o máximo de esquivas e desculpas esfarrapadas (só porque eu pedi para uma menina dançar comigo e foi só isso, na minha primeira baladinha, viro motivo de ridículo e fico traumatizado o resto da vida com essas coisas de “sair”, como uma obrigação e uma cobrança de relações sociais e promiscuidade inveterada). A fase que entrava agora era dos shows, dos quais já vinha desviando a um bom tempo dos convites de seu amigo Rafael (vulgo baiano), mas foi convencido a ir a seu primeiro show (que absurdooooo!!!).
A banda era os Dead Kennedys, grupo de punk rock setentista (ou oitentista... acho que oitentista) o qual Pedro nunca havia escutado na vida. Decidiu ir, ou melhor, cedeu, porque a vida o empurrava a ser menos inseguro e mais normal.
Eu sempre fui cagão. Inseguro, medroso, que seja.... Comodista, como já me disseram. Essas revoluções da vida, crescer, querer se impor como algo diferente do que sempre foi, se rebelar, conhecer outras pessoas, namorar, ficar, “curtir a vida”, como dizem as propagandas de shampoos, chicletes e sucos artificiais light, nunca realmente me interessaram. Mas eu me sentia obrigado a tentar... Eu tinha quinze anos! Como assim nunca tinha ido num show? Que absurdo! Pra não falar de todo o resto que eventualmente aparecerá aqui. Culpa da minha irmã, mas eu não a culpo (?).
Os ingressos foram vendidos na galeria do rock. Também era a primeira vez que Pedro ia nesse lugar (que absurdooooooo!!). Colocou sua única camiseta de banda da época, dos Red Hot Chilli Peppers, do álbum Californication (que alías foi meu primeiro cd... que absurdoooooooooooooooo!!!), e partiram para uma volta de metrô e ônibus até lá (e descobri um bom tempo depois como aquele caminho foi burro, mas também, eu quase nunca pegava ônibus, que absurdoooooooooooooooo!!).
Imaginava das histórias de Rafael sobre suas simples visitas à galeria, mesmo que pouco detalhadas, um grande galpão, com panos pretos pendurados no teto e nas paredes, Com máquinas de vapor funcionando constantemente para criar uma névoa que não permitisse ver o chão, a não ser nos locais em frente às lojas, onde tapetes vermelho sangue de camurça indicavam as entradas, acompanhadas por grandes cetros dourados esculpidos nas formas de dragões (no final, aquela merda é um shoppingzinho feio, amarelado e apertado, freqüentado por grupos de pessoas sem originalidade que se sentem especiais porque não são do tipo da tv.... não eram, na época. Hoje, não entendo bem o propósito dessas “tribos”... odeio esse termo). Não ficou muito surpreso com o que o lugar realmente era, mas ficou tranqüilizado (menos cara de balada do que eu tinha medo).
A loja que vendia os ingressos ficava no primeiro andar. Pedro e Rafael subiram a escada rolante do térreo para o primeiro, Rafael na frente, pois sabia o caminho, e Pedro atrás imaginando se aquele lugar teria algo mais do que lojas de cds e camisetas de banda, piercings e tatuagens. Previsivelmente, a loja ficava entre uma de camisetas e outra de piercings, e vendia cds (na verdade não lembro).
Foram atendidos por um homem de uns trinta e tantos anos, gordo, de regata e cabelo comprido loiro mal cuidado, com tatuagens nos braços fortes, mas não definidos (é um clichê, mas isso era isso mesmo).
- Ainda tem pro show do Dead Kennedys? –Perguntou Rafael.
O homem não ficou surpreso, mas demonstrou orgulho em ver dois jovens (moleques, pirralhos, babacas querendo crescer. Não que eu quisesse, mesmo) se interessando por aquela banda.
- Aham, vinte e cinco reais cada um.
E vinte e cinco reais é tãããão barato pra um show internacional, mas achei caro porque devo ter comparado com ingresso de cinema... Olhei pra trás agora, para meu mural de lembranças mongóis e, hoje, menos especiais (tipo de comentário que, um dia, não vou saber o que quis dizer), e por sorte dei de cara com o ingresso do show. Seis de dezembro de 2001. Seria uma quinta feira o show... Quando fomos comprar o ingresso devia ser segunda feira.
Os dois entregaram o dinheiro, e Pedro observou o ingresso como um objeto simbólico, o primeiro passo de uma conquista em suas transformações.
- Ah, a banda está no terraço dando autógrafos! Ainda deve dar tempo de ir lá! – Disse o homem como se fosse óbvio que qualquer um iria querer pegar autógrafos.
Rafael olhou para Pedro com a mesma expressão, esperando que concordasse em irem até lá.
Eu diria algo do tipo “ah, que se fodam eles, quero voltar pra casa”.
Pedro concordou e foram ao terraço. Do primeiro ao segundo andar havia outra escada rolante, mas do segundo em diante havia uma escada estreita em espiral que subia por mais três andares até o terraço, e isso causou extrema repulsa nele, não por preguiça, mas porque na sua cabeça aquele lugar não era mais “A Galeria do Rock”, mas um shopping cada vez mais muquifento, sem nada de especial e mal-frequentado.
Mas eu nunca me importei, de verdade, com onde você vai, mas sim com quem você vai. Mas é claro que o lugar acaba afetando alguma coisa e isso é outro assunto completamente diferente.
No terraço havia uma fila com mais ou menos quarenta pessoas. Pedro esgueirou o olhar através de uma portinha que saía da apertada escada em espiral para fora até o fim da fila, e viu que terminava em quatro mesas, que pareciam mais carteiras escolares, com quatro velhotes sentados nelas.
Se eu contasse minhas histórias com esse nível de detalhamento, elas seriam insuportáveis (ou talvez não, sei lá). Fique calmo, ainda não começou a parte que, na minha cabeça, foi uma coisa inesquecível.
No meio da fila, notaram que não tinham nada para ser autografado. Rafael pensou em sacrificar sua camiseta, mas Pedro recusou-se a tamanha barbárie (como assim zuar uma camiseta inteira novinha por uns rabiscos? Isso é coisa de maloqueiro!!). Viu que o rapaz à sua frente tinha um cd pirata em mãos, e pensou que poderia ser pior. No fim, fez como a maioria das pessoas na fila, e optou pelos panfletos de divulgação do show que estavam na beira das mesas.
O primeiro da banda na ordem era o guitarrista (eu sabia quem era quem porque o baiano tinha me mostrado alguns vídeos deles antes, era o mínimo sendo que eu mal tinha ouvido falar na banda, mas agora não lembro como ele era sem cair num clichê Keith Richards). Ele acenou a cabeça olhando para Pedro, enquanto pegava o panfleto e rabiscava seu autógrafo no verso com uma caneta preta grossa (qual era o nome dele mesmo?). “D. H. Para....ro”. O garrancho combinado com a caneta falhando não permitiu que o nome fosse identificável. Sabia que eram, mas não sabia seus nomes. Pedro seguiu a fila pensando que devia ser assim mesmo. Não falam sua língua, passaram dezenas de outros fazendo o mesmo que você. Uma acenada de cabeça, um rabisco rápido e pronto.
O próximo era o baterista da banda, um negro enorme, com dreads no cabelo e uma aparência agressiva, e só era possível perceber sua idade por estar junto aos outros. Pedro sentiu um pouco de medo, especialmente quando viu que ele balbuciou alguma coisa apontando para sua camiseta. Nervoso, respondeu com um sorriso genérico, e se pôs em prontidão para compreender inglês.
Não sei bem como narrar essas partes. Vou deixar em inglês e você que vá pegar um dicionário se não entender. A graça dessa história toda, pra mim, foi de conversar com esses caras, consideráveis celebridades, em inglês, sendo que nunca fiz cursos e ainda era bem novo ,eu acho, pra esse tipo de coisa.
- Do you like it? (Você gosta?) – Perguntou o baterista enquanto começava a rabiscar seu autógrafo.
- Sure, it’s ok. (Claro, é legalzinho) – Respondeu sem saber do que estavam falando.
“East Bay Ray”, escreveu o baterista, devolvendo o autógrafo em seguida com uma risada singela.
Depois eu entendi que ele apontou para minha camiseta e disse “Californication, huh?”, e havia perguntado se eu gosto de Red Hot Chilli Peppers. Me senti meio mongol.
Pedro estava tremendo um pouco. Não era parte de seu plano mental conversar em inglês com esses caras que mal sabia quem eram. Temia que perguntassem mais coisas a respeito de si próprios, e ele não soubesse responder. Se sentiria idiota tendo esse tipo de oportunidade pela qual um fã morreria, totalmente desperdiçada.
Passou para o próximo, estando mais atento caso dissessem algo. Era o baixista da banda, um homem com cabelos curtos brancos, usa uns óculos de armação grossa e vermelha, e abriu um grande sorriso para Pedro. Pegou o papel sem dizer nada, e começou a rabiscar. A caneta não pegava e estava começando a estragar o papel.
“Juntando energias para realizar tal manifestação, de forma quase heróica e, na sua cabeça, de extrema impulsividade e inconseqüência, Pedro disse”:
- You’re making a pretty mess there, huh? (Você tá fazendo uma bela zona aí, hein?)
O baixista pegou uma caneta nova e terminou de escrever “Klaus”. O K era o símbolo da banda e o A lembrava o símbolo de anarquia.
- Oh. Would you like me to give you another one? (Oh, você quer que eu te dê outro?) – Perguntou.
- Nah, it’s ok. At least only I will have one of these. (Nah, tudo bem. Pelo menos só eu vou ter um desses)
Eu e minha eterna busca em querer ser exclusivo em coisas banais e insignificantes.
O baixista pegou o papel de volta e voltou a escrever. Pedro achou que ele fosse escrever algo obsceno. Depois achou que teria uma dedicatória.
- Ok, I’ll give something only you will have. (Ok, eu vou te dar algo que só você vai ter)
Escreveu “Flouride”, seu sobrenome, embaixo de seu nome. Pedro entendeu que aquilo significava que não era um autógrafo igual aos dos outros, e que para Klaus, aquilo poderia significar muito para ele.
- Wow, thanks! (Uau, valeu!) – Respondeu com entusiasmo, ainda que o autógrafo em si não significasse muita coisa.
Klaus acenou animadamente, e Pedro foi para o último da fila, o vocalista, que rapidamente pegou o papel de suas mãos.
- Wooooooowww... (Uaaaaaaauuu...) – Disse o vocalista em tom irônico semi-controlado.
Pedro deu uma risada casual e esperou o autógrafo. “Brandon Cruz 2001”.
Quando saíram da fila, Rafael perguntou o que eles haviam conversado.
- Não sei, não entendi nada que eles diziam.
Eu realmente achei que não tinha entendido nada, não foi descaso.
Tá, eu ponho a porcaria das traduções.

Depois disso, os dois foram comprar camisetas novas, para usar no show. Rafael comprou uma do Dead Kennedys. Pedro não se decidia, levou uma dos Beatles (que na época eu não dava bola, mas não queria ter uma camiseta que sabia que não ia usar depois, então preferia ficar seguro na banda que todos dizem ser a melhor de todos os tempos, já que não gostava de outra além do Red Hot... que absurdooooooooooo!!!).
No dia do show, Pedro usou a camiseta nova. Sentia-se intimidado pelos outros Ramones, Sex Pistols e Dead Kennedys, mas sabia que ninguém podia falar nada de seu Beatles (É Beatles porraaaaaaaaaa!!).
Podia terminar assim, mas calma, tem um pouquinho mais.
Quando viu o local do show, Pedro observou o formato de caixa, a grande porta metálica no final de uma fila com centenas de pessoas, orientadas por uma corda em postes que serpenteavam para fora, com seguranças espalhados pelo local.
“Balada”, pensou com receio.
Depois de um tempo ainda pensava em balada nesses lugares, mas todo mundo de preto na porta querendo entrar pela música me acalmava um pouco. Depois de mais um tempo, percebi que quase ninguém realmente vai pela música, ou que ir pela música talvez não seja tão diferente quanto todo o resto. Não se considerando as formas como as pessoas agem nessas ocasiões.
Depois de alguns minutos que ele e Rafael gastaram esperando para entrar, os membros da banda aparecem caminhando pela rua, mas somente alguns poucos percebem sua presença.
Klaus Flouride e East Bay Ray Passavam cumprimentando os fãs, enquanto os outros se mantinham mais isolados. Klaus reconheceu Pedro.
- Hey, Californication. – Disse Klaus, apontando para a camiseta de Pedro. – Now, that’s a good one. (Ei Californication. Agora, essa sim é uma boa).
Essa fala eu acho que inventei depois, não tenho certeza, porque não consigo visualizar muito bem como ele veio falar comigo, e tenho uma impressão dele ter se referido aos Beatles.
- Yeah – respondeu Pedro com um descaso acidental.
Klaus estendeu a mão a Pedro. Pedro respondeu rapidamente, e distraidamente virou as costas. Quando percebeu, Klaus ainda estava ao seu lado, esperando continuar o cumprimento, do tipo de apertar as mãos, desliza-las e bater as mãos fechadas, mas Pedro havia ignorado a parte de bater, e Klaus havia ficado parado lá, com a mão fechada no ar.
Deixei ele no vácuo fazendo toque de mano, ou toque “super-gêmeos, ativar”, como eu carinhosamente chamo esse toque que eu odeio. Enfim, foi legal deixar ele no vácuo, apesar de que me senti mal na hora, mas é engraçado lembrar que o coitado se lembrou de mim e eu pareci que fiz pouco caso dele.
Quando entraram, ainda passaram por mais meia hora sentados em meio a uma pequena multidão, ouvindo mais músicas que Pedro não conhecia, em geral, clássicos do punk rock. Depois, duas bandas ainda menos conhecidas para ele se apresentaram, e achou engraçado como algumas pessoas se empolgavam com bandas daquele tipo, gritando nomes de músicas fervorosamente como se fossem deuses vivos no palco. O que menos entendia eram os grupos que se amontoavam e se chutavam na pista.
Adolescentes idiotas... Se eu tiver um filho assim um dia, vai saber o que é ser chutado de verdade e parar de ser cretino.
No show dos Dead Kennedys, Pedro sentiu claramente a mudança geral. O público mais genuinamente entusiasmado, a banda tecnicamente superior em todos os aspectos, mais experientes e competentes. Permitiu-se divertir um pouco mais.
Era mais de uma da manhã quando o show terminou, e não havia plano nenhum de como voltar para casa. Não haviam mais ônibus e o local era bem longe de suas casas (Barra Funda é longíssimo e inacessível hein, nooooossa). Pedro se disponibilizou a ligar para sua mãe. Já que era a mãe de Rafael quem geralmente dava as caronas, achou justo pelo menos tentar. Não adiantou.
Rafael ligou para sua mãe e, em cerca de meia hora, ela estava lá. Quando chegou em casa, Pedro tomou um banho rápido para tentar se livrar do cheiro habitual de cigarro que fica impregnado no corpo, mas era novidade para ele e correu para dormir. Tinha prova de recuperação de química no dia seguinte.
Sentiu as náuseas e sensações pós show e de noitada, com os quais não estava familiarizado: Cansaço incomum, sentidos debilitados e uma sensação terrível de uma buzina constante em seu ouvido quando tudo era silêncio.
Valeu a experiência, mas não vou em outro show nem fodendo. Foi o que eu pensei no dia, parecido com quando se tem uma bebedeira e depois se promete que nunca mais vai beber. Quase isso, mas é como se depois coisas alheias houvessem me forçado a beber mais de várias formas. Não digo que nunca gostei de nenhum show que fui. Vários foram memoráveis e incríveis, mas também acompanhou minha evolução como músico, como pessoa, como gente. Mas sempre me perguntava como tanta gente gosta de viver constantemente esse tipo de desgaste.
Pelo menos fui bem na prova de química. Me rendeu uma história que acho que gosto mais de contar do que gostam de ouvir.


Capítulo 3 – O Gênio da Escova
Pensamentos idiotas e reprováveis, mas que ainda quero acreditar que todos têm

Isso me passou enquanto escrevia o capítulo 2, logo depois que decidi colocar as traduções. Fui escovar os dentes e me deu vontade de escrever o que me passou pela cabeça.
Uma vez ouvi uma dessas lendas de crianças, que quando você usa uma escova nova pela primeira vez, você pode fazer um desejo. Fantasiei casualmente em cima da possibilidade e rapidamente me vieram três desejos em mente. Uma era voltar e ficar bem com minha namorada, que não sei o que vai acontecer, outra era não pegar DP na prova de programação de amanha, o que é bem provável, e a outra era que o Brasil não se classificasse para a copa do mundo, o que seria lindo, mas muito improvável e não me importa tanto.
Daí me lembrei da história que li do Alladim, que contava que antes da lâmpada mágica, ele encontrava um anel que tinha um gênio que realizava qualquer desejo, mas que não fosse muito grandioso. Então, imaginei o desejo da escova com esse gênio, tendo direito somente a um dos três.
Talvez você se revolte pensando que deveria escolher minha namorada sem nem pensar nos outros, ou pelo menos passar na prova, mas sobre o Brasil fora da copa é uma idiotice e uma heresia nacional. Mas veja bem, eu acredito, com todo meu coração, que vou conseguir me resolver com minha namorada, que nos amamos muito e isso nem deveria precisar de um incentivo mágico para conseguir, certo? Sobre a DP, poderia ser importante, mas sentiria que é um desperdício jogar fora um desejo com algo que, se eu realmente desejasse, poderia muito bem conseguir com mais força de vontade do que eu coloquei nisso. Sobre a copa do mundo, é uma crueldade e uma inutilidade besta seria gastar um desejo com isso, mas pelo menos seria algo realmente improvável de acontecer, e que me deixa muito curioso ver a cara das pessoas se uma coisa dessas acontecesse, então, considerando a parte mágica em se realizar qualquer desejo, faria mais sentido gastar com isso.
Enfim, eu acabei desejando ficar com minha namorada, porque se realmente acontecesse de eu poder realizar um desejo, eu preferiria ter segurança absoluta de conseguir o que eu realmente quero mais que tudo, por mais que eu acredite que vou conseguir de qualquer jeito. Talvez nem seja bom para mim ficar escrevendo sobre isso agora, mas que seja, qualquer coisa depois eu finjo que foi só um pensamento de um suposto namoro, como algo que tenha valor sentimental real.
O que me atraiu a escrever esse capítulo sobre isso, foi pensar como decidir sobre as três coisas diz sobre uma pessoa ser mais racional ou emocional, e sobre riscos ou segurança. Se eu acreditava com toda certeza que ia ficar com minha namorada, não teria sido melhor gastar um desejo mágico com algo que eu sei que é impossível, mesmo que não signifique tanto pra mim? Ou, racionalmente, gastar com algo que eu sei que devo precisar mais, no caso ir bem na prova que sei que não devo ir bem? Eu acabei preferindo me garantir por completo naquilo que eu realmente quero e também preciso, odeio incertezas.
Se quiser pensar no que você desejaria, eu coloco outro exemplo, especialmente porque a coisa da copa poucas pessoas compartilhariam comigo. Você desejaria para seu gênio da escova nova:
a) Encontrar alguém que ame e sentir-se bem (o que todo mundo, de um jeito ou de outro, sob qualquer desfecho, acaba encontrando, mas nunca se sabe, né...)
b) Resolver um problema atual (conta atrasada, tirar uma boa nota, ir bem num teste, qualquer coisa importante, mas mais corriqueira, mas em risco, e que você sabe que não tem saco de dar 100% de você nisso)
c) Ver algo realmente impossível, mas não diretamente ligado a você (seja ver o Bush levando uma surra de uma criança ou qualquer coisa que não lhe acrescente nada de verdade, mas te deixaria muito feliz mais pela impossibilidade)
Ah, nem pensei em coisas do tipo todo dinheiro do mundo, paz na terra, limpeza global, porque o gênio da escova não é tão forte quanto o da lâmpada, lembra?
Bom, vou lá terminar o capítulo 2.


Capítulo 4 – O Primeiro Beijo
Sonho de criança que não cresce

Quando entrou na nova escola, Pedro percebeu que o impacto da mudança era maior do que havia previsto. Além dos horários diferentes, novas pessoas, amizades e professores, Pedro teve que enfrentar junto a tudo isso as mudanças que acontecem para todos ao passar para a quinta série do ensino fundamental.
No primeiro dia, já tinha uma amigo, Eduardo, que morava no mesmo prédio e haviam construído uma amizade simples, mas forte há alguns meses. Contudo, Eduardo era do tipo hipersociável, e possuía vários amigos, com os quais Pedro não conseguia se identificar muito bem, e rapidamente se sentiu isolado e reprimido a isso junto com tantas mudanças, mas ainda assim conseguiu se virar apoiando-se na amizade que possuía individualmente com Eduardo.
Assim se passou até a metade do ano, e as férias foram muito bem vindas para ele fugir, ainda que por pouco tempo, de tudo aquilo. De volta às aulas, Pedro sentiu como se o pouco que havia conseguido construir naquele lugar havia se perdido, e se sentiu novamente afastado de tudo e todos.
Não é fácil para nenhuma criança, especialmente nesta idade, entrar em um ambiente novo. Foi também logo depois das férias que Thaís entrou na classe em que Pedro estudava. Era mais velha e mais desenvolvida que os outros, ou pelo menos era assim que Pedro a percebia, e ela também não parecia conseguir se encaixar muito bem, sendo rapidamente rejeitada pela famigerada turma das meninas populares.
Antes que percebesse, Pedro tinha uma nova amiga. Nunca soube exatamente como isso começou, mas em algum ponto faziam os trabalhos em dupla sempre juntos, ela o acompanhava no recreio e sentavam-se um ao lado do outro. Ela contou que havia repetido um ano, e foi forçada a esperar mais meio ano por causa do sistema da escola antiga, portanto enquanto Pedro tinha onze anos, Thaís tinha treze. Aos seus olhos, ela parecia extremamente exótica, interessante e inatingível.
Aos onze, as relações entre meninos e meninas são complicadas. Os meninos não querem ser vistos com meninas, mas já pensam mais nelas, e as meninas começam a provocar os meninos. Pedro gostava de Thaís, mas era muito frágil às provocações que sofria de seus colegas, insinuando que eram namorados, e esse tipo de coisa afeta muito uma criança.
Eventualmente, Pedro afastou Thaís, fez novos amigos e terminou aquele ano como um garoto normal entre os outros.
Durante as férias de fim de ano, Pedro saía para passear com seu cachorro por uma praça perto de sua casa, como fazia todos os dias. Um dia, encontrou Thaís, e conversaram sobre porque ele a havia afastado. Vê-la daquela forma deixou claro para Pedro seus sentimentos, e impulsivamente, mas inocentemente, disse a ela o quanto era importante para ele. Nesse momento, Thaís beijou-o, e os dois ficaram juntos pelo resto da tarde.
Depois desse dia, Pedro voltava à praça esperando encontrá-la, mas ela não apareceu mais. Foi tolo o bastante para não perguntar seu telefone ou onde morava. Quando as aulas voltaram, descobriu que ela havia saído da escola e que morava do lado daquela praça, mas havia se mudado.
Que mentira deslavada... Eu lembro de ter sido amigo dessa menina na quinta série, e ficavam me enchendo dizendo que éramos namorados, mas o resto dos detalhes é mais um bom exemplo de se eu imagino ou lembro coisas, especialmente quando vem mais da minha infância. Até a parte em que eu afastei ela eu acho que era verdade, e que ela depois sumiu, mas o resto eu inventava quando eu estava em alguma situação em que estavam contando sobre o primeiro beijo e eu, com vergonha, inventava essa história, com adaptações, dependendo do caso.
Eu sei que é ridículo, ou melhor, parece ridículo quando você lembra desse tipo de situação que te deixava com vergonha de admitir seus atrasos, mas às vezes o medo de ser humilhado com a verdade de nunca ter beijado ninguém até os dezessete anos parecia demais para ser revelado assim, como se não fosse nada de mais. E não é nada de mais mesmo.






Capitulo 3 = deprê.
Hoje desejaria pelo Brasil fora da copa.
Que mentira!

domingo, 10 de maio de 2009

Pop

Hoje não estou com a voz em inglês, mas me sinto o mesmo...
Acordei com uma câimbra horrível bem na perna que já está doendo horrores há semanas, e é a única coisa na minha vida que até agora realmente ninguém sabia.
Todos esses dias, quando eu vou até o trabalho, ando até a esquina pra poder determinar o quanto a minha perna vai doer no trajeto, e não contei pra ninguém isso... Tão raro alguma coisa na minha vida que realmente ninguém ssaiba, e isso é estranho se você pensar que cada pessoa que me conhece talvez afirme que não me conhece muito bem.
Não conhece ou não quer saber, sei lá...

Estou meio bêbado. Hoje resolvi ficar de mau humor.
Eu realmente não tive motivos, simplesmente me deu vontade de fechar a cara, rejeitar qualquer socialização e querer ir embora, sem motivo nenhum, de repente.
Geralmente têm motivo, então hoje até foi bom ver isso acontecer genuinamente sem motivo aparente.
E duas novas perspectivas: Quanto mais eu me isolo, mais exigente fico com as pessoas, e isso gera um círculo vicioso crescente fde isolamento e solidão, e eu fico mais velho ranzinza (e vou me importando menos com isso), e me disseram que esquecem que eu tenho irmãos, que pareço filho único, que é algo que na prática não muda nada, mas é uma perspectiva do meu reflexo sobre os outros que eu nunca tinha visto... isso pode ter vários significados.

Isso e "argh, sai daqui, não estou interessado."

Dizem que rir é o melhor remédio... Será que algúem pode ter uma reação alérgica a ele?

I just wonder if i would ever aknowlage a posibility as something good for simply existing, as a "carpe diem" element, witch i always mortally hated.
"Você precisa ser mais impulsivo", ela disse uma vez.
"Mas eu odeio gente que acha que impulsividade é algo invariavelmente boa", eu nunca respondi.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Angel

His only fear along the dark streets where to find the worst kinds of demons. As he turned around a corner, he choacked with his breath, as he saw a girl that he instantelly figured as "nothing less than perfect". Being a few steps away, walking towards each other, time streched, as his heartbeats where taken out of rithm. He felt a soft chill running up his back, as she was one step away from him, and didn't give him a single glance. Looking at her gentle smile towards anything but him, he felt a burning sting in his cheast.
At that instant, at one step away from her, he thrown his hands around her neck. She still wouldn't look at him, as her eyes searched for the black sky while she tryied to make some sound. Along with her last pulsing felt throught his hands, came along a feeling of peace, which he haven't felt in a long time, while the sting in his cheast disapeared.
"What will they find to blame?", he wondered.

domingo, 3 de maio de 2009

Invisible

He arrived at home about 10:20 PM. Tried to ignore his mother on his way throught his room. Turned on the computer, checked that nothing new happened in his life. Tried to chat to someone online, but no one answered with interest. He went to the kitchen, heat up some beans to cheat the hunger and brought it back to his room. He stared at the computer knowing that nothing would happend, but couldn't help staying there and looking at it while eating. He then went to the kitchen, left his dirty plate, ate a cookie, returned to his room and jumped off his window.
His last tought was "I hope my teeth are not too dirty".

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pensar muito e dizer pouco...

Ou as vezes, nada...
É isso.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

"Que seja um ano de mudanças"

Será que existem sinais? Em alguns momentos é engraçado como um passado coincide com o presente, interligando com uma oportunidade, e aí, pode virar um sinal.
Eva oferece a maçã. Deus avisou para ficar longe dela. Adão estava entediado.
Tudo está interligado, é óbvio que ele pegaria a maçã.
A cagada foi que não avisaram o que aconteceria se a comesse. Na história na verdade não acontece nada, Deus só fica puto por ter sido contrariado.

Vento ou rocha? A vida tem mais valor em se sustentar e ser forte ou em fluir e mudar constantemente?
É uma aposta, você joga na mega sena sempre nos mesmos números, ou procura variar?
E se você vê um dia que saiu uma sequência que tentou antes?
Claro que é mais divertido variar, e tem sua validade em experiência.
Mas existe um CERTO?

Adão poderia ter muito bem ficado no paraíso se nunca tivesse tido a maçã na cara. É fácil recusar as tentações quando elas não existem efetivamente, ou pelo menos não são acessíveis.
Mas vira e mexe vem um cobra colocar a maçã na sua mão.
Eis o sinal da mudança. E aí?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Minha música

Estou sentindo uma transição nos meus gostos musicais, de novo.
Já tem um tempo que estou achando as coisas mais "comuns" muito fúteis e diretas.
Lembro que estava ouvindo Franz Ferdinand, não lembro qual música. Fiquei aborrecido com a estrutura riff guitarra+batida, seguida por uma letra que tanto faz pro contexto musical e não diz nada de mais... solos, pra que? Então a música acaba do mesmo jeito que começou, não tem êxtase, não tem auge, é só uma festa divertida.

Não que esteja dizendo que tudo tem que ter um significado e grande conteúdo. Eu sei que certas coisas são só for fun. Mas é a coisa mais comum do mundo você construir um repertório de bandas favoritas, onde todas são desse jeitos. Podem ser boas bandas, mas cada uma não vai ter mais do que duas músicas realmente expressivas, com conteúdo... que "conte" algo.

Isso começou da minha pesuqisa pro impresisonismo, quando cruzei com a noção de "musica impressionista", pra escutar Ravel e Debussy. Eu já gostava de música clássica, mas mais por questões de técnicas e pela sonoridade de uma orquestra, mas com as musicas destes compositores percebi uma noção de narrativa através da música instrumental que nunca tinha percebido.
Pode parecer cafona, mas eu juro que em uma do Ravel eu consegui enxergar claramente um campo de trigo, passeando por ele de madrugada, e em um momento específico, no auge da música, vi o nascer do sol nele, as cores mudando, tudo.
Isso me abriu uma percepção musical que nunca tinha captado com nenhum Oasis, Helloween, Beatles ou qualquer uma das minhas bandas preferidas. Não que eu não goste mais delas, mas talvez eu não consiga mais me inspirar tão facilmente com elas.

Daí então entrou o estudo dos musicais. A sensação do instrumental impressionista passar uma idéia foi completado com o típico dos musicais, as letras representando histórias e diálogos, com começo, meio e fim. Daí então cagou de vez a graça das músicas "normais", onde no máximo são poemas sentimentais ou reflexões vagas.
É muito comum estranhar os musicais, com os personagens cantando os diálogos, e é fácil ficar uma coisa panaca.
Mas agora eu estou quase cantando o que eu digo. Existe uma... magia nisso. Têm até me mudado o jeito de perceber a vida.
Obviamente não vou começar a cantar por aí, mas alguma coisa mudou pra bem nisso.

Logo devo ter a idéia do musical do meu tcc estruturada, e aí começo a compor. É bem a situação que vai definir como isso vai ficar, porque se eu falhar ou produzir alguma porcaria, eu devo esquecer essas idéias haha.
Mas me sinto inspirado.

Em um semi parêntesis, assisti Chicago ontem. Tinha preconceito com ele, me parecia meio fútil demais um musical estruturado em jazz. E de fato é, a graça é essa.
Sempre gostei dos musicais que assiti, mas admito que em maior parte são um pouco cansativos, mas Chicago não me cansou em nenhum momento, é excelente.

terça-feira, 7 de abril de 2009

O valor da mistura

Escrevendo do trabalho em um momento em que eu almocei e todo mundo saiu atrasado, estou sossegado aqui.
Vim falar justamente do almoço. Estava lembrando a primeira vez que comi aqui, na minha marmitinha que, com a mochila, vem com tudo dentro misturado.
Me deu nojo, fiquei uns 10 minutos tentando separar o arroz do strogonoff e da batata, pra esquentar e aí misturar enquanto comia.
Hoje toruxe uma carne assada com arroz e purê. Nem fiz questão de separar nada, ficou mais gostoso assim.

Enfim, fiquei pensando que me rebaixei ao gosto pela "mistura" no prato, o símbolo máximo do povão ao meu ver. Me senti um homem trabalhador hahaha
Fiquei pensando que esse simbolismo bobo acabou me animando de volta.
Forget life, enjoy your lunch.
Amanhã será outro.

sábado, 4 de abril de 2009

Too reliable?

Predoe-me pelo post meio longo...

Pode-se apontar como defeito de alguém ser confiável demais?
Estava em meio às minhas lembranças e.... analisando... minha vida presente.
Quem é o Pedro?
Em meio a muitas coisas, a muitos problemas e neuras que eu tenho, eu sempre me senti firme sobre ser um cara extremamente confiável, em todos os sentidos.
Se falo que vou fazer algo, faço. Promessa é dívida.
Se me ligar às 4 da manhã pra falar que teve um dia ruim, vou escutar.
Se digo que vou, vou (se REALMENTE dizer que vou).
Seria "O Pedro é um cara que sempre vai estar lá pra você..."

Não que eu seja um santo, inocente ou caridoso.
Mas acho que nesses aspectos eu sempre posso ser confiado.

Agora, será que sempre é bom?
Eu sempre estou ali... sempre vai me achar online no msn e disponível para falar sobre qualquer coisa.
Assim como você sabe que segunda vem depois de domingo, e sua rotina se repete.
O que é estável se torna previsível.
Então de confiável, copo cheio, posso ser visto como alguém previsível, copo vazio.

Uma vez perguntei pra minha ex se eu fui um bom namorado, se fiz algo de errado pra ela, etc...
Ela respondeu que fui. Talvez bom demais...
Eu nunca tive coragem de perguntar o que ela quis dizer com isso. Bom demais?
Não era ciumento, não era obsessivo, era constantemente carinhoso, sempre tentava agradar e melhorar pra ela.
Estável e previsível. Faltou emoção, no sentido vulgar da palavra?
Bom demais, confiável demais. Chato e cansativo?

Noto também que várias vezes eu já atraí atenção das pessoas quando agi como se não me importasse com elas. Até entendo que o ar combine comigo, mas não entendo afastá-las quando descobrem minha natureza "confiável".
Eu não tenho problemas em ser visto com defeitos. Obviamente não gosto, mas é normal não agradar todos.
O que me quebra a cabeça é entender como que uma coisa que, por senso comum, era pra ser uma qualidade, se torna um defeito tão massante.
Se é que realmente isso acontece.

Não que alguém efetivamente me diria "você precisa ser menos confiável". Justamente, isso não faria sentido, mas acho que essa impressão ocorre.
Talvez se você pensar nas pessoas que você mais gosta e mais gostou, perceba que elas não te passavam total estabilidade. Sempre havia uma incerteza do que estava acontecendo, e isso dá um aperto que, de forma naturalmente sádica, complementa a admiração por ela, e se desenvolve a medida em que sua relação com ela, independetemente do gênero, se concretiza.
Mas, se desde o início você enxerga claramente as intenções dessa pessoa, mesmo sendo boas, você não sente essa incerteza que fomenta o desenvolvimento da relação. Aquilo é aquilo e o que você sente é o que você sente.

Ou eu só achei uma neurose nova para brincar, em um péssimo momento.
Além do que, de que adianta ser tão confiável para os outros se não consigo confiar em mim mesmo?
Talvez essa seja a merda. Estou fazendo o processo ao contrário.
As pessoas procuram outras pessoas que sejam confiantes, e depois desejam que elas sejam confiáveis.
Se você já me encontra sendo confiável... Talvez não me pareça confiante.
Porque delego toda minha confiança aos outros, não a mim.
E isso também me torna dependente.

Transferência de confiança? Será possível?
Até faria sentido, pelas minhas atitudes gerais.
Mas ainda não acho que deveria ser um defeito tão aversivo.
Mas é parte da natureza humana. É como se a esfinge desse passagem sem fazer nenhuma pergunta, mas ainda por cima indicando o caminho.
Nos bosques da vida, eu sou um jardim descampado.
Etc e tal...

Em meio a isso tudo ainda fico pensando sobre relaxar mais, refletir menos sobre tudo, deixar as coisas correrem com mais simplicidade.
Daí então Emile Zola me joga essa:
"Quanto mais alguém for banal, mais será admirado e compreendido".
Coisa que eu sempre achei, de fato, mas estava tentado me desvincular desse tipo de pensamento. Daí eu volto para o conflito de "não ser banal ou ser admirado e compreendido?"
O que é dificílmo hoje em dia, em que banalidade é extremamente relativa. Normal é ser diferente, e o que importa é ser feliz.
Na minha lógica, tudo acaba sendo banalidade. Num mundo em que cada um é um número diferente, eu quero ser uma letra. Quando a letra for introduzida no mundo, vou querer ser uma cor.
Mas querer não adianta nada. E se eu me tornar, serei visivelmente diferente, e num mundo em que todos querem ser diferentes... serei banal?

Ou, de novo, eu só sou neurótico e do contra demais, e esse é essencialmente meu único problema que gera uma bola de neve sobre outras coisas.
....
Mas ainda sobrou a afirmação do namorado "bom demais".
Pra que eu fico lembrando dessas coisas, afinal...?

Dig out your soul

Pequena referência ao Oasis, cujo show eu não vou, por fim, definitivamente, infelizmente....

Estava fuçando nas minhas imagens. Três coisas interessantes encontradas.
Uma é a foto que eu estava atrás, que não vou colocar aqui.
Outra, deleto um foto sem abrí-la. Simbolismo de um último resquício do passado, talvez?
Outra foi minha pequena obra de arte em um dia ocioso na faculdade, que eu havia esquecido.

Pedro Alves - Linhas e Bordas; Giz branco em lousa.
Hahahaha
Depois de tanto tempo sem olhar pra isso, gostei mais. Não tem muito singificado ou expressão, mas é uma linguagem, e acho que é válido como algo que eu produzi com minha cara.

Comecei a semana com uma leveza incomum. Me sentia bem e disposto a melhorar minhas relações, me dar melhor no trabalho, ser mais comunicativo, etc. E de fato, até fiz isso.
Porque? Não tem porque, eu acho. Nada extraordinário aconteceu.
Mas só porque nada acontece, não quer dizer que algo não possa mudar. Uma sensação, uma perspectiva, uma atitude...
Pena que a efemeridade dessas coisas não deixa esse tipo de felicidade durar muito. A vida é muito rápida para eu sustentar esse tipo de coisa, e acho que estou deixando passar. Ou talvez, jsutamente, foi tudo impressão da minha cabeça só.
Mas, quem sabe né? Tudo que eu preciso é um pouco de insistência, minha e dos outros.

Já que coloquei trabalhos, quem se interessar pode ver meu primeiro trabalho mais "autoral" feito na agência onde eu trabalho.
Depois da intro, você vai er uma medalha surgir. Eu co-modelei essa medalha e animei.
Uau hahaha

That's it. Hope you get the point.
XoXo

quarta-feira, 25 de março de 2009

Hoje, por outro lado...

Fiquei o dia todo montando um power point.
Das 9 até agora, quase 17 hrs, quase hora de ir.
Se ontem o dia passou no ritmo normal, hoje passou em meia hora.

terça-feira, 24 de março de 2009

Do trabalho...

Hoje está sendo o dia mais inútil que eu já passei aqui.
Meu time sheet (que é o arquivo excel onde eu registro todas minhas atividades) tá com meia hora gastas, além da hora do almoço, de um trabalho bobo que eu fiz em 15 minutos, na verdade.

Mas a culpa não é minha, certo? Quer dizer, não deveria me preocupar com nada... Estou a disposição a qualquer hora para me passarem coisa pra fazer, só que hoje não passaam quase. Nesse momento, pelo que estou vendo, ninguém do meu setor está fazendo nada de trabalho.
Eu sie que não é incomum isso, mas é esquisito. Me vêm a noção de que estou sendo pago pra fazer meus trabalhos da faculdade, que é o que eu fiquei fazendo o dia todo (e estou cansado e sofrendo pensando que eu ainda vou pra faculdade fazzer mais trabalhos pra ela), e então imagino meu chefe pensando isso, que beleza que deve ser.

Mas enfim, vim postar pra matar tempo mesmo... Ver se ponho algo de útil ou interessante...
Tentar um poema.
Soneto decassílabo.



Noite clara, quarto meu no vazio.
Lua alta, toque distante e efêmero,
Que chega a mim em sonho de delírio.
Qual face que não se toca o eterno?

Qual lembrança nossa não traz teu aroma,
Puro e doce que fizestes ser cruel!
Outros ares vão quebrar nossa soma,
Mesmo que a lua alta caia do céu.

O tempo me transforma, ácido e plácido.
A lua me cega, branca em centelha.
Meu peito parte, forte ressucita.

Seu peito é flácido,
Você é uma pentelha,
Sai do meu poema, vadia!



Show de bola, tá quase na hora de ir pra faculdade.
UHUUUUUULLLL

domingo, 15 de março de 2009

Semana...

Nada de interessante essa semana. Ponto.

Meu senso de automaticidade pelos dias está ficando mais forte, conforme a rotina se estabelece, e a humanidade só não se esvai em parte por estímulos da faculdade, que por sua vez, em parte, está me cansando e me desinteressando, e por um senso mais irracional de expectativa para que o fim de semana chegue e algo de interessante talvez aconteça.

Como eu disse, nada de interessante essa semana, nem no final dela. Ponto.

domingo, 8 de março de 2009

Total FDS: 10%

Lixo!
Não consegui fazer quase nada de útil esse fim de semana, por aquela lista que postei antes... Acabei me entregando a ficar vendo filmes e jogando.
Fiz esse desenho abaixo, que foi meio inútil e só. O msn ficou cinza, não saí de casa...
Nem acordar muito mais tarde consegui, por hábito.

Só pra dar um tom de utilidade...
Estou jogando Silent Hill Homecoming, que as críticas não apreciaram tanto, mas eu estou achando muito bom, ele puxa bastante do filme, que eu adorei, por isso não gostam tanto.
Também jogando Tomb Raider Underworld. A ambientação das ruínas e tal está maravilhosa, o jogo é bem equilibrado na ação e enigmas, mas não consigo deixar de me incomodar com a idéia de que "se aquele pilar não tivesse ruído EXATAMENTE daquele jeito com AQUELA rachadura pra eu escalar, não teria como seguir em frente", além do que incomoda o Danilo também, de você entrar arrasando e matando animais em extinsão por artefatos.
Taaambém estou jogando um point click chamado Seville... O melhor dos da nova geração, depois de Overclocked até agora.

De filme assisti a trilogia Evil Dead, não me pergunte por que.
Também assisti O Leitor, que achei sensacional.

sábado, 7 de março de 2009

Impressionismo?


Os conceitos estão todos aí, mais um efeitozinho photoshop, umas 2 horas de trabalho...
Mas... não, acho que não rolou. Além do que, animar isso seria um inferno.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Funções Inoperantes

Me dei conta quem meu botão de "foda-se" está quebrado.
Uma sequência de eventos hoje foram, como o Danilo gosta de dizer, a cereja do meu bolo que tem como base meu isolamento social atual, solidão afetiva, etc.
Isso com uma cobertura de trabalho, tcc e uma porrada de coisas pra estudar me jogam numa situação ideal onde eu estou onde deveria estar.
Mas eu consigo deixar de me incomodar com essa "anormalidade social"?
Não esse cara aqui, infelizmente.
De novo, meu foda-se está quebrado. Tudo está me afetando ultimamente.
O que eu acredito estar fazendo bem é usando e confecionando máscaras, isso sim.

Bom... metas para mais um maldito fim de semana:
- Acordar quando me vier a calhar.
- Estudar Flash
- Estudar desenho
- Estudar animação
- Estudar Impressionismo
Desejos para o fim de semana:
- Sair de casa
- Não passar ele todo olhando um msn em cinza
- Ter acesso a um elemento do passado breve intermitente a fim de estabelecer um futuro constante.

Prevejo 30 ou 40 % disso será atingido...
Bom, acordar tarde pelo menos deve ser fácil ¬¬

Ah, acabei me submentendo ao retorno ao orkut, ironicamente pelo motivo oposto pelo qual eu previa que voltaria.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Dia 4 & 5, mais hoje

Dia 4 -
Avancei um pouco no meu projeto de animação...

Dia 5 -

..................

Só. O resto do tempo foi improdutivo.
Assisti vários episódios de Saturday Night Live, um do Heroes e o excelente filme "Quem Quer Ser um Milionário?".
Vi muitas análises comparando o filme com "Cidade de Deus", por causa de algumas técnicas de fotografia. Dá pra ver uma leve influência só, cheguei a ver se falar de plágio em um site. Em outro, questionava-se porque ele ganhou o oscar, e "Cidade" não ganhou nem de estrangeiro.
"Milionário" tem uma coisa que falta em quase todos os filmes brasileiros... um "charme" combinado com sensibilidade inseridos no storytelling, que "Cidade" tinha um tanto, mas não chegava perto da estrutura narrativa de "Milionário".

Agora "Estômago", que vi esses dias também, esse tem charme. Muito bom também.

Fora isso me sinto mal porque fiquei devendo estudar Flash. Quem sabe no fim de semana.
E quem sabe no fim de semana consiga outra coisa... Que deveria ser simples... Enfim.

--- Considerações Finais de Carnaval ---

Em relação ao feriado em si, à digamos "carga cultural" que o acompanha, foi um feriado tranquilo. Consegui passar ignorando efetivamente tudo que aconteceu sobre desfiles e baladas e micaretas.
Prometi pra mim mesmo que iria estudar muito pra aproveitar o tempo. Essa era a idéia antes de conseguir o emprego e me permitir descansar mais esses dias. Bem mais.
Antecipei não por o pé fora de casa, e disso partir pra conhecer um pessoal muito legal pela parte da minha irmã foi um bônus inesperado.
Portanto, carnaval, você não foi o que eu planejei, e por isso te dou um 8,0.

E hoje voltei pro trabalho. Ainda não tenho meu pc, tive que expulsar outra pessoa do computador dela (na verdde ele não foi hoje nem deve ir amanhã).
Já já vou pra fuckuldade.

Cheers

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Dia 3 - Efemeridade

Mais um dia improdutivo...
Eu tenho um problema de foco. Se algo acontece que me deixe ansioso eu não consigo fazer nada que não esteja direcionado naquilo.
Ainda tenho dois dias, mas acho que no fim vou ter menos pra mostrar do que gostaria.

De qualquer maneira, valeu a pena.

Dia 2 - Crazy little thing called....

Acabei passando o dia sem produzir nada.
Assisti Sete Vidas. O filme é simplesmente bom... Bem bom. Will Smith como sempre tem feito ultimamente se mostra um puta de um ator que me traz lágrimas aos olhos quando lembro dele em Fresh Prince (Um Maluco no Pedaço), a evolução é absurda.

Passei o dia todo tomando... decisões. No fim, promessa é dívida e a ordem do "sim senhor" ganhou, e provou o que propõe... de modo um tanto frustrante, mas ainda assim valoroso.
Não quero ser específico sobre isso agora. O fim ainda é efêmero e as cervejas foram muitas.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Dia 1 - Produção

Comecei meio devagar... Pesquisando alguns artistas pós-impresisonistas e começando um desenho:

Danilo que vai gostar da minha escolha heheh
Não sou muito chegado em carros, mas me deu vontade de tentar. Obviamente eu fiz os traços em cima de uma foto. A idéia é dar uma estilizada no desenho, não ser nada pretencioso sobre uma pintura fudida e tal, só estudar um pouco mesmo.

Também vou jogar aqui meu quadro favorito:

Vincent van Gogh - Noite Estrelada
Acho absurdo como as cores e a textura da tinta saltam da tela, mesmo numa foto. Tem gente que não saca a graça do estilo dele, mas eu acho magnífico.

Bom, amanhã vou ver se estudo u pouco de flash que faz um tempo que não mexo e de repente um pouco de 3D.

Trabalho, TCC e Carnaval

Enfim chegou o carnaval.
Ontem comecei a trabalhar, finalmente. Arranjei um emprego em uma agência de web e multimídia chamada Agente.
Primeiro dia de qualquer coisa desconhecida é complicado. Inserir-se em algo no qual as outras pessoas nela já se conhecem e já estão habituadas, é impossível não ficar deslocado, especialmente para mim... Ontem foi um dia de esforços sociais, mas acho que aos poucos tudo se ajeita, o ambiente parece ser agradável, o trabalho tranquilo e as pessoas que tive mais contato legais, pelo menos tudo em comparação com meu último emprego.

Agora a coisa vai começar a fica puxada... Trabalho e faculdade, fins de semana e feriados estudando e fazendo trabalhos, além do TCC, claro. Até aí também minha rotina não muda tanto, só devo valorizar mais o tempo livre nesses dias.

E o carnaval... Espero já conseguir pôr essa mentalidade em prática, senão vai ser um inferno. Tentar dividir o tempo entre pesquisar pós-impressionismo para o tcc, dar continuidade àquela animação que mencionei antes, criar algumas coisas novas e me distrair um pouco com jogos e filmes e etc. De qualquer maneira, o isolamento me parece inevitável. Paciência.

Namoros esse ano esquece né hahaha

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Atualizando status cultural:
Último filme visto: The Escapist (um filme irlandês excelente e recomendável)
Jogando: Medieval II - Total War (tipo de estratégia que eu achava chata mas virou viciante)
Ouvindo: Chris Cornell, Helloween, Oasis e Beatles sempre estão nas minhas playlists. Achei um cara chamado Al Hirt e outro Herb Alpert (engraçado os nomes parecidos) que faziam um tipo de jazz dançante meio bobo, antigo, difícil de descrever, que depois de acostumado é muito divertido. pretendo usar em uma animação.
Outros: Buscando referências visuais que incrementem minha noção de direção de arte, além de conhecimentos em pós-impressionismo para o TCC.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Teste Ambiente


Pequeno teste de ambientação para meu próximo projeto de animação.
Claro que o vídeo está em baixa, e coloquei uma câmera e um movimento no robô nada a ver, só pra ver se dava pau na volume light.
Minha previsão dele estar pronto deve ser em umas duas semanas, se nada mudar na minha vida.

Falando de coisas pessoais, hoje acordei ranzinza. Mais sonhos que vêm se repetindo ultimamente que me frustram, porque costumo ser extremamente livre e agressivo nos sonhos e nesses, neste tema em particular, eu continuo agindo como um pamonha, talvez pior do que seria na realidade.
Enfim, isso temperado com um senso de "tenho 23 anos e vou passar mais um fim de semana isolado e sem comunicação em casa, quando deveria sair pra balada, beber e me divertir como todo mundo, mas isso eu também não quero, então eu sou um paradigma insolúvel", o que é bem comum se alternando com o senso de "foda-se, pelo menos estou fazendo algo de útil agora. Agora".
Porque é aquela velha história, pra tudo que se perde abrem-se novas oportunidades, mesmo que não estejam diretamente relacionadas.
Só quero ver... O que vai me aparecer.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Workflow: Model Sheet


Model Sheet feito. Tá todo bonitinho nas medidas e posições, prontinho pra modelar.
Agora é só começar. Faz um bom tempo que não modelo nada, então deve demorar.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

E mais um desenho...


Mais um desenho... Trabalho do meu domingo.
Acho que estou conseguindo melhorar, aos pouquinhos vai.
Eu usei a Colette do Ratatuille como parte da referência, mas está me lembrando alguma outra coisa...
Ainda pretendo transformar ela num model sheet, modelar e animar. Só não sei se vou ter esse tempo.
Agradecimentos ao Mário por me emprestar a tablet esse fim de semana =]

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Finalizando...



Acho que deu pra dar uma melhorada legal =]
Só pra reclamar um pouco da vida, sábado geralmente é um dia ruim pra mim porque eu fico isolado já que ninguem quase entra no msn e tal, mas hoje estou me sentindo bem, faz um tempinho que tenho estado mais produtivo e proativo com as coisas, estou satisfeito com meus empenhos atuais.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Outro Estudo...



Mais um estudo com a tablet, mas agora no Photoshop.
Lembrando que eu não sei desenhar... Mas preciso conseguir me virar.
Quase três horas nisso, agora sim minha mão está doendo.
Depois eu vejo se consigo trabalhar um pouco nas cores, detalhes, luz e sombra, coisas que eu sou péssimo.

Estudo: Stickman evolution


Estudo de animação quadro a quadro no flash usando uma tablet.
Por algum motivo o vídeo aqui está comendo uns frames. No swf ele está mais fluído.
Não tive muito cuidado com o desenho em si, mas em fazer um exercício de animação quadro a quadro desenhando.
Em minha defesa, mesmo achando que ninguém vai reclamar, fiz isso em duas horas, nunca soube desenhar e minha mão começou a doer hehe... O desenho pode parecer simples e bobo demais pro esforço, mas só um animador sabe como é a coisa.
Também lembrei como eu tenho uma dificuldade incrível em desenhar mãos...
As linhas trêmulas são prpositais para dar uma folga na minha mão ainda imprecisa, e pra dar uma acelerada no que se trata da animação em si... Acho que até deu um charminho.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

I Wish...



Genial...
Eu juro... que de algum jeito... eu ainda vou fazer uma animação completinha, bonitinha. Pode até não ficar visualmente impressionante, mas a animação vai ficar foda...
Ainda hei de fazer...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Review: Brothers in Arms: Hell's Highway

Um jogo de tiro sobre a segunda guerra mundial? Uau, que criativo...

Depois de ter jogado Call Of Duty: World At War, eu achava que retratar esta guerra já estava tão repetitivo e o jogo tem um fator de imersão tão poderoso que não havia como ser superado mais, e o tema teria que ser abandonado por um bom tempo.


Eu escolhi Brothers in Arms para jogar com um pouco de receio. O trailer acima mostrava só mais um jogo de guerra com efeitos falangísticos, sobre uma guerra que já apareceu tanto em jogos que tornam o assunto banal
Mas, depois de duas ou três fases no jogo, você está tão envolvido que esquece desses detalhes.

Para começar, jogabilidade é bem diferente de jogos de tiro comuns. Existe um fator de estratégia a medida em que você pode dar ordens às suas tropas que tornam o jogo muito mais interessante e cria um ritmo mais lento do que o comum, onde cada bloqueio e trincheira conquistados contam.
Depois, a história e o envolvimento dos personagens são tão intensos que, sem tirar nem por, ficam a altura de qualquer filme à lá "O Resgate do Soldado Ryan". Os personagens são profundos e convincentes, apoiados por uma sólida interpretação vocal acompanhada de uma delicada expressividade facial, e seus relacionamentos envolvem tanto que, quando um deles morre, chega a ser genuinamente angustiante.


Depois de um tempo, a jogabilidade acostuma demais. A interface é excelente, indicando quando as tropas inimigas são contidas, possibilitando um avanço de menor risco, ou foram derrotadas. Aos poucos você se arrisca mais, vai se virando sozinho, largando as tropas de lado e vendo que o jogo é aparentemente mais fácil do que parece, sustentado a continuar mais pela história.
Depois de terminar o jogo, aparece uma mensagem "Modo Autêntico habilitado. Jogue neste modo para uma outra experiência."
Não é do meu feitio ultimamente depois de terminar um jogo no nível "normal" ou "hard" jogar de novo no "ultra hard", mas fui conferir.
Não há NADA de interface. Sem mira na tela, sem indicador de inimigos, sem indicador de munição. Meus primeiros cinco minutos foram realmente uma estrada no inferno, uma vez tendo me acostumado com a idéia de mirar com calma e derrubar o inimigo um a um. Sem a mira que havia quando você está protegido fica impossível, e mirando pela arma fora da proteção você morre em segundos.
A partir daí você começa a experimentar o verdadeiro propósito do jogo: Reprimir as tropas inimigas utilizando suas tropas e atacar pelos flancos. Simplesmente atirar até que o inimigo pare, se aproximar e metralhar apra todos os lados. Com isso, a imersão do jogo vai às alturas. A estratégia que envolve esse processo, que fica cada vez mais difícil, faz contar ainda mais cada local conquistado, ainda mais o aliado morto e tudo se torna ainda mais gratificante. Pena que esse modo não é aberto para ser jogado de cara.

Concluindo, se você não estiver completamente enjoado da segunda guerra, gosta de jogos de tiros, mas procura algo menos convencional, esse é o jogo certo.

Linguagem 7,0
Diversão 8,5
Jogabilidade 9,0
Enredo/Storytelling 10,0

Review: Psychonauts!

Psychonauts (Xbox, PS2 e PC) é, basicamente, um jogo de plataforma à moda antiga: Avançar por uma fase passando por obstáculos, vencer inimigos e resolver alguns enigmas simples.
O que diferencia esse jogo de toneladas de outros, até mesmo dentro do estilo, lançados num mesmo período nessas plataformas, é a integração da história com a jogabilidade e os desafios.

Rasputin (Raz) é um aprendiz a Psychonaut, agentes que solucionam mistérios investigando a mente das pessoas e utilizando poderes psíquicos. A primeira impressão que o jogo passa é uma aventura simples e infantilizada, com crianças brincando num parque e plataformas simples a serem exploradas.

* Trailer não oficial meio Falangístico

O game mostra seu verdadeiro brilho quando você entra na mente de um personagem a primeira vez. A linguagem que cada mente utiliza para expressar sua personalidade, seus medos e desejos são tão diferenciados umas das outras que chegam a influenciar na jogabilidade. Em um, você entra na mente de um soldado, e deve passar por um campo de treinamento de guerra, com armadilhas e explosões por todos os lados. Em outro, na mente de um peixe hiper desenvolvido, que criou uma cidade em miniatura em sua mente e você é um gigante para eles.
Tudo isso regado a uma coletânea de elementos non sense, como utilizar um bacon para se comunicar com um instrutor que sai de sua orelha, e um visual "Tim Burton infantilizado".


Além disso, o personagem evolui ao longo do jogo com novos poderes e itens, entre eles telecinésia, combustão de objetos, clarividência e invisibilidade, possibilitanto novas alternativas de superação dos desafios e confronto com os inimigos.
Alguns controles podem ser um pouco confusos e cansativos, como o menu onde você troca os poderes e itens, sendo que ter alguns itens em mãos fazem com que a interação com objetos não funcione, e isso pode ser frustrante em alguns casos. Mas de modo geral o jogo é muito bem resolvido, intuitivo e dinâmico.
O jogo se supera a medida em que, quando o jogador entra no nível de adaptação de uma fase que começa a se tornar repetitiva, o jogo apresenta novos poderes e novas fases, com possibilidades completamente diferentes. Vale a pena conferir.

Linguagem 8,5
Diversão 9,0
Jogabilidade 8,0
Enredo/Storytelling 8,5

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Alguns trabalhos...

Pra quem não viu:



E pra quem não viu:

www.pedrorodrigodesign.com.br

E e pra quem não viu:

outroblogdopedro.blogspot.com
Muahahahahaha.

Novos jogos: Brothers In Arms Hell's Highway e Stubbs The Zombie.
Se alguém quiser resenha dos jogos, peça.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dor

Quando desencarnou, a 72º vida da alma de Ishmail chegou ao paraíso querendo falar ao deus Omã, pai das reencarnações. A consulta lhe foi cedida sobre a condição de uma pergunta e um desejo.
"Faça sua pergunta, Ishmail, e eu lhe darei a resposta!"
- Senhor, minha última vida foi repleta de guerra e sofrimento. Vi minha mulher ser morta pelo inimigo e meus filhos escravizados. Fui ferido inúmeras vezes em batalha. Por que devo sofrer tanto?
"A dor é inevitável e imensurável, Ishmail. A dor que sentiu em sua vida não foi maior do que a dor que qualquer outra alma sentiu em toda eternidade."

Irritado com a resposta de Omã e revoltado com a idéia de que sua dor não era maior, Ishmail fez o seu desejo.
- Desejo que em minha próxima encarnação não haja dor maior do que a de um alfinete no dedo!
"Que assim seja!"

A 73º reencarnação, Taruf, nasceu de um mercador rico e generoso. Em sua primeira noite de vida, recebeu o pai em seu berço, que segurava uma agulha dourada, tirando-lhe uma gota de sangue do polegar direito.
Taruf cresceu recebendo seu pai toda semana, lhe tirando uma gota de sangue com a agulha dourada, sem nunca conseguir lhe dar explicação do porque fazia aquilo. Nunca se feriu de outra forma, sua vida foi cheia de alegrias, e suas frustrações não traziam angústia ou desânimo.

Taruf não era feliz. Era incapaz de compreender sua dor, qual o motivo dela, que significado havia naquilo. Não havia um momento de sossego em sua vida em que não lhe trouxesse ansiedade sobre a próxima visita de seu pai com a agulha, ou um questionamento que não culminasse no ponto inexplicável deste ritual ao qual não conseguia impedir o pai ou mesmo tentar fugir. Sentia-se compelido a estar presente naquele momento, como se a qualquer instante aquilo pudesse cessar ou ser explicado.
Quando seu pai morreu, não sentiu tristeza ou melancolia de qualquer forma, mas um alívio incontrolável sobre o fim do ritual com a agulha. Além das riquezas e propriedades, havia entre os bens de herança o alfinete dourado.
O objeto lhe dava arrepios, mas Taruf não conseguiu se desfazer dele. Uma semana depois, sentindo uma angústia sem origem, Taruf irresistivemente agarrou a agulha e furou o próprio dedo, como seu pai fazia. Sentiu toda a infelicidade que aquilo lhe trazia voltar a tona, mas com um senso de consolo de que aquilo estaria ali pelo resto de sua vida.

Quando morreu, foi chamado no paraíso por Omã.
"Me fale sobre sua vida, Taruf"
- Senhor, sinto-me grato pela riqueza e pelas alegrias, mas me diga porque sofri tanto com a agulha dourada?
"A ferida de uma simples agulha lhe trouxe tanta dor assim?"
Tarouf sentiu-se fraco por um instante, mas respondeu.
- Não foi a dor da agulha, mas não poder compreender porque ela estava ali.
"Essa é a dor de todos os mortais, Taruf"

sábado, 24 de janeiro de 2009

INFP Junguiano

Estava eu a passar mais um sábado solitário e sem comunicação, pois pessoas normais não ficam na internet num sábado, quando me lembrei de um teste de personalidade que fiz uma vez, que me lembrava ser divertido. Procurando no google achei umt este junguiano, mas estava embutido em um site de namoro online.
Acreditava minha última gota de orgulho ser não me envolver com essas no máximo desespero, mas o tédio é tanto que lá fui eu fazer todo meu cadastro bonitinho.
O teste envolvia umas perguntas simples rotineiras, e dava o resultado abaixo:

* O resultado está na parte em itálico, caso você tenha interesse em pular porque eu não escrevi ou sei lá o que, eu leria muito rapidamente.

Introverts
(Introvertidos)
Costumam ser refletivos, circunspectos e reservados. Mas nem todo introvertido é tímido, apesar de gostarem de ficar sozinhos e de não precisarem de pessoas sempre ao seu redor.
iNtuitives
(Intuitivos)
São mais atentos à informação que seja imaginativa e original.
Os intuitivos se concentram no futuro.
Feelers
(Emotivos)
Permitem que suas emoções e sentimentos atuem livremente por se preocuparem com as outras pessoas.
Perceivers
(Observadores)
Preferem um estilo de vida que seja espontâneo, flexível e adaptável. Eles gostam de ambientes que não sejam estruturados, e deixam suas opções em aberto.

Os INFPs concentram-se em tornar o mundo melhor. Eles precisam ter uma missão na vida. Persistem calmamente naquilo que importa a eles e raramente desistem.

Eles são criativos e buscam novas idéias e possibilidades. Apesar da docilidade e discreto senso de humor, eles podem ser um pouco difíceis de se conviver. Porém, quando querem ser sociáveis, os INFPs conseguem ser extremamente cativantes, comunicativos e populares.

Os INFPs confiam e dão muito valor à sua intuitividade e para onde ela os leva.

Sendo um INFP, você tende a ser um bom ouvinte e a ter facilidade em deixar as pessoas à vontade. Embora possa ser reservado no modo com que expressa sua emoção, você é muito atencioso e genuinamente interessado em entender as pessoas. Por causa da sua sinceridade, as pessoas vêem em você um amigo e confidente.

Idealista e perfeccionista, você exige muito de si mesmo na sua busca em conquistar metas e objetivos.

Você não gosta de conflitos e faz de tudo para evitá-los. Por outro lado, você é um ótimo mediador e sabe como resolver os problemas dos outros. Entende intuitivamente as perspectivas e sentimentos das pessoas e quer ajudá-las com sinceridade. Isso lhe traz muita satisfação pessoal.

Os INFPs conseguem realizar coisas maravilhosas, mas geralmente se negam a dar crédito a si mesmos.


Eu até concordo, mas já que os termos são todos açucarados, eu sou suspeito.

E não concordo com o antepenúltimo parágrafo.

E cansei de falar disso. Fiqeui meia hora lutando com essa merdad e editor de texto do blogger pra tirar o itáilco, agora a quebra de linha tá duplicada, parei pra jantar, fiquei irritado, to de saco cheio.

Bleh

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Park's Closed

FUCK YOU!!
Sabe quanto tempo eu não faço uma corridinha e dou uma suada de verdade?
Daí num impulso extremamente inesperado decido ir na pracinha ao lado e lá está, fechada. Maldita...
Última vez que suei não foi por corrida, e calor não conta hehehe
êita piadinha rodriguista...

Aproveito para iniciar meu mini dicionário das gírias que podem aparecer aqui que poucas pessoas entendem e pode ser ofensivo pra algumas (vulgo piada interna).
É que algumas se tornaram quase termos automáticos do cotidiano.

MINI-DICIONÁRIO DE GÍRIAS PESSOAIS:

- Rodriguisse: Ato de realizar uma ação ou dizer algo a fim de gerar risadas às custas de orgulho próprio, dignidade e bom senso; Baixaria, panaquísse; Rodriguisse, rodrigar, dar uma de Rodrigo, rodriguismo.

- Falangismo: Imagem, ação ou objeto com a finalidade de manifestar forte impressão sensorial, mas que na verdade não possui conteúdo; Fake, poser, clichê; Falangismo, falangista, falange, Michael Bay.

- Gregorismo: Manifestação modista a fim de chamar atenção e/ou se enturmar; Modismo, pagação de pau; Gregorismo, dar uma gregorada, gregoriedade.

-
Maculele(les): Expressão de surpresa, êxtase ou satisfação; saudação; Maculele, maculelele, maculelelelele, maculeléia, macucuculele, macucucuculelele, etc.


Não precisa me avisar que é bobo tá? Eu sei disso....
Só não fique ofendido, qualquer coisa.