terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Review: Brothers in Arms: Hell's Highway

Um jogo de tiro sobre a segunda guerra mundial? Uau, que criativo...

Depois de ter jogado Call Of Duty: World At War, eu achava que retratar esta guerra já estava tão repetitivo e o jogo tem um fator de imersão tão poderoso que não havia como ser superado mais, e o tema teria que ser abandonado por um bom tempo.


Eu escolhi Brothers in Arms para jogar com um pouco de receio. O trailer acima mostrava só mais um jogo de guerra com efeitos falangísticos, sobre uma guerra que já apareceu tanto em jogos que tornam o assunto banal
Mas, depois de duas ou três fases no jogo, você está tão envolvido que esquece desses detalhes.

Para começar, jogabilidade é bem diferente de jogos de tiro comuns. Existe um fator de estratégia a medida em que você pode dar ordens às suas tropas que tornam o jogo muito mais interessante e cria um ritmo mais lento do que o comum, onde cada bloqueio e trincheira conquistados contam.
Depois, a história e o envolvimento dos personagens são tão intensos que, sem tirar nem por, ficam a altura de qualquer filme à lá "O Resgate do Soldado Ryan". Os personagens são profundos e convincentes, apoiados por uma sólida interpretação vocal acompanhada de uma delicada expressividade facial, e seus relacionamentos envolvem tanto que, quando um deles morre, chega a ser genuinamente angustiante.


Depois de um tempo, a jogabilidade acostuma demais. A interface é excelente, indicando quando as tropas inimigas são contidas, possibilitando um avanço de menor risco, ou foram derrotadas. Aos poucos você se arrisca mais, vai se virando sozinho, largando as tropas de lado e vendo que o jogo é aparentemente mais fácil do que parece, sustentado a continuar mais pela história.
Depois de terminar o jogo, aparece uma mensagem "Modo Autêntico habilitado. Jogue neste modo para uma outra experiência."
Não é do meu feitio ultimamente depois de terminar um jogo no nível "normal" ou "hard" jogar de novo no "ultra hard", mas fui conferir.
Não há NADA de interface. Sem mira na tela, sem indicador de inimigos, sem indicador de munição. Meus primeiros cinco minutos foram realmente uma estrada no inferno, uma vez tendo me acostumado com a idéia de mirar com calma e derrubar o inimigo um a um. Sem a mira que havia quando você está protegido fica impossível, e mirando pela arma fora da proteção você morre em segundos.
A partir daí você começa a experimentar o verdadeiro propósito do jogo: Reprimir as tropas inimigas utilizando suas tropas e atacar pelos flancos. Simplesmente atirar até que o inimigo pare, se aproximar e metralhar apra todos os lados. Com isso, a imersão do jogo vai às alturas. A estratégia que envolve esse processo, que fica cada vez mais difícil, faz contar ainda mais cada local conquistado, ainda mais o aliado morto e tudo se torna ainda mais gratificante. Pena que esse modo não é aberto para ser jogado de cara.

Concluindo, se você não estiver completamente enjoado da segunda guerra, gosta de jogos de tiros, mas procura algo menos convencional, esse é o jogo certo.

Linguagem 7,0
Diversão 8,5
Jogabilidade 9,0
Enredo/Storytelling 10,0

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