quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pensar muito e dizer pouco...

Ou as vezes, nada...
É isso.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

"Que seja um ano de mudanças"

Será que existem sinais? Em alguns momentos é engraçado como um passado coincide com o presente, interligando com uma oportunidade, e aí, pode virar um sinal.
Eva oferece a maçã. Deus avisou para ficar longe dela. Adão estava entediado.
Tudo está interligado, é óbvio que ele pegaria a maçã.
A cagada foi que não avisaram o que aconteceria se a comesse. Na história na verdade não acontece nada, Deus só fica puto por ter sido contrariado.

Vento ou rocha? A vida tem mais valor em se sustentar e ser forte ou em fluir e mudar constantemente?
É uma aposta, você joga na mega sena sempre nos mesmos números, ou procura variar?
E se você vê um dia que saiu uma sequência que tentou antes?
Claro que é mais divertido variar, e tem sua validade em experiência.
Mas existe um CERTO?

Adão poderia ter muito bem ficado no paraíso se nunca tivesse tido a maçã na cara. É fácil recusar as tentações quando elas não existem efetivamente, ou pelo menos não são acessíveis.
Mas vira e mexe vem um cobra colocar a maçã na sua mão.
Eis o sinal da mudança. E aí?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Minha música

Estou sentindo uma transição nos meus gostos musicais, de novo.
Já tem um tempo que estou achando as coisas mais "comuns" muito fúteis e diretas.
Lembro que estava ouvindo Franz Ferdinand, não lembro qual música. Fiquei aborrecido com a estrutura riff guitarra+batida, seguida por uma letra que tanto faz pro contexto musical e não diz nada de mais... solos, pra que? Então a música acaba do mesmo jeito que começou, não tem êxtase, não tem auge, é só uma festa divertida.

Não que esteja dizendo que tudo tem que ter um significado e grande conteúdo. Eu sei que certas coisas são só for fun. Mas é a coisa mais comum do mundo você construir um repertório de bandas favoritas, onde todas são desse jeitos. Podem ser boas bandas, mas cada uma não vai ter mais do que duas músicas realmente expressivas, com conteúdo... que "conte" algo.

Isso começou da minha pesuqisa pro impresisonismo, quando cruzei com a noção de "musica impressionista", pra escutar Ravel e Debussy. Eu já gostava de música clássica, mas mais por questões de técnicas e pela sonoridade de uma orquestra, mas com as musicas destes compositores percebi uma noção de narrativa através da música instrumental que nunca tinha percebido.
Pode parecer cafona, mas eu juro que em uma do Ravel eu consegui enxergar claramente um campo de trigo, passeando por ele de madrugada, e em um momento específico, no auge da música, vi o nascer do sol nele, as cores mudando, tudo.
Isso me abriu uma percepção musical que nunca tinha captado com nenhum Oasis, Helloween, Beatles ou qualquer uma das minhas bandas preferidas. Não que eu não goste mais delas, mas talvez eu não consiga mais me inspirar tão facilmente com elas.

Daí então entrou o estudo dos musicais. A sensação do instrumental impressionista passar uma idéia foi completado com o típico dos musicais, as letras representando histórias e diálogos, com começo, meio e fim. Daí então cagou de vez a graça das músicas "normais", onde no máximo são poemas sentimentais ou reflexões vagas.
É muito comum estranhar os musicais, com os personagens cantando os diálogos, e é fácil ficar uma coisa panaca.
Mas agora eu estou quase cantando o que eu digo. Existe uma... magia nisso. Têm até me mudado o jeito de perceber a vida.
Obviamente não vou começar a cantar por aí, mas alguma coisa mudou pra bem nisso.

Logo devo ter a idéia do musical do meu tcc estruturada, e aí começo a compor. É bem a situação que vai definir como isso vai ficar, porque se eu falhar ou produzir alguma porcaria, eu devo esquecer essas idéias haha.
Mas me sinto inspirado.

Em um semi parêntesis, assisti Chicago ontem. Tinha preconceito com ele, me parecia meio fútil demais um musical estruturado em jazz. E de fato é, a graça é essa.
Sempre gostei dos musicais que assiti, mas admito que em maior parte são um pouco cansativos, mas Chicago não me cansou em nenhum momento, é excelente.

terça-feira, 7 de abril de 2009

O valor da mistura

Escrevendo do trabalho em um momento em que eu almocei e todo mundo saiu atrasado, estou sossegado aqui.
Vim falar justamente do almoço. Estava lembrando a primeira vez que comi aqui, na minha marmitinha que, com a mochila, vem com tudo dentro misturado.
Me deu nojo, fiquei uns 10 minutos tentando separar o arroz do strogonoff e da batata, pra esquentar e aí misturar enquanto comia.
Hoje toruxe uma carne assada com arroz e purê. Nem fiz questão de separar nada, ficou mais gostoso assim.

Enfim, fiquei pensando que me rebaixei ao gosto pela "mistura" no prato, o símbolo máximo do povão ao meu ver. Me senti um homem trabalhador hahaha
Fiquei pensando que esse simbolismo bobo acabou me animando de volta.
Forget life, enjoy your lunch.
Amanhã será outro.

sábado, 4 de abril de 2009

Too reliable?

Predoe-me pelo post meio longo...

Pode-se apontar como defeito de alguém ser confiável demais?
Estava em meio às minhas lembranças e.... analisando... minha vida presente.
Quem é o Pedro?
Em meio a muitas coisas, a muitos problemas e neuras que eu tenho, eu sempre me senti firme sobre ser um cara extremamente confiável, em todos os sentidos.
Se falo que vou fazer algo, faço. Promessa é dívida.
Se me ligar às 4 da manhã pra falar que teve um dia ruim, vou escutar.
Se digo que vou, vou (se REALMENTE dizer que vou).
Seria "O Pedro é um cara que sempre vai estar lá pra você..."

Não que eu seja um santo, inocente ou caridoso.
Mas acho que nesses aspectos eu sempre posso ser confiado.

Agora, será que sempre é bom?
Eu sempre estou ali... sempre vai me achar online no msn e disponível para falar sobre qualquer coisa.
Assim como você sabe que segunda vem depois de domingo, e sua rotina se repete.
O que é estável se torna previsível.
Então de confiável, copo cheio, posso ser visto como alguém previsível, copo vazio.

Uma vez perguntei pra minha ex se eu fui um bom namorado, se fiz algo de errado pra ela, etc...
Ela respondeu que fui. Talvez bom demais...
Eu nunca tive coragem de perguntar o que ela quis dizer com isso. Bom demais?
Não era ciumento, não era obsessivo, era constantemente carinhoso, sempre tentava agradar e melhorar pra ela.
Estável e previsível. Faltou emoção, no sentido vulgar da palavra?
Bom demais, confiável demais. Chato e cansativo?

Noto também que várias vezes eu já atraí atenção das pessoas quando agi como se não me importasse com elas. Até entendo que o ar combine comigo, mas não entendo afastá-las quando descobrem minha natureza "confiável".
Eu não tenho problemas em ser visto com defeitos. Obviamente não gosto, mas é normal não agradar todos.
O que me quebra a cabeça é entender como que uma coisa que, por senso comum, era pra ser uma qualidade, se torna um defeito tão massante.
Se é que realmente isso acontece.

Não que alguém efetivamente me diria "você precisa ser menos confiável". Justamente, isso não faria sentido, mas acho que essa impressão ocorre.
Talvez se você pensar nas pessoas que você mais gosta e mais gostou, perceba que elas não te passavam total estabilidade. Sempre havia uma incerteza do que estava acontecendo, e isso dá um aperto que, de forma naturalmente sádica, complementa a admiração por ela, e se desenvolve a medida em que sua relação com ela, independetemente do gênero, se concretiza.
Mas, se desde o início você enxerga claramente as intenções dessa pessoa, mesmo sendo boas, você não sente essa incerteza que fomenta o desenvolvimento da relação. Aquilo é aquilo e o que você sente é o que você sente.

Ou eu só achei uma neurose nova para brincar, em um péssimo momento.
Além do que, de que adianta ser tão confiável para os outros se não consigo confiar em mim mesmo?
Talvez essa seja a merda. Estou fazendo o processo ao contrário.
As pessoas procuram outras pessoas que sejam confiantes, e depois desejam que elas sejam confiáveis.
Se você já me encontra sendo confiável... Talvez não me pareça confiante.
Porque delego toda minha confiança aos outros, não a mim.
E isso também me torna dependente.

Transferência de confiança? Será possível?
Até faria sentido, pelas minhas atitudes gerais.
Mas ainda não acho que deveria ser um defeito tão aversivo.
Mas é parte da natureza humana. É como se a esfinge desse passagem sem fazer nenhuma pergunta, mas ainda por cima indicando o caminho.
Nos bosques da vida, eu sou um jardim descampado.
Etc e tal...

Em meio a isso tudo ainda fico pensando sobre relaxar mais, refletir menos sobre tudo, deixar as coisas correrem com mais simplicidade.
Daí então Emile Zola me joga essa:
"Quanto mais alguém for banal, mais será admirado e compreendido".
Coisa que eu sempre achei, de fato, mas estava tentado me desvincular desse tipo de pensamento. Daí eu volto para o conflito de "não ser banal ou ser admirado e compreendido?"
O que é dificílmo hoje em dia, em que banalidade é extremamente relativa. Normal é ser diferente, e o que importa é ser feliz.
Na minha lógica, tudo acaba sendo banalidade. Num mundo em que cada um é um número diferente, eu quero ser uma letra. Quando a letra for introduzida no mundo, vou querer ser uma cor.
Mas querer não adianta nada. E se eu me tornar, serei visivelmente diferente, e num mundo em que todos querem ser diferentes... serei banal?

Ou, de novo, eu só sou neurótico e do contra demais, e esse é essencialmente meu único problema que gera uma bola de neve sobre outras coisas.
....
Mas ainda sobrou a afirmação do namorado "bom demais".
Pra que eu fico lembrando dessas coisas, afinal...?

Dig out your soul

Pequena referência ao Oasis, cujo show eu não vou, por fim, definitivamente, infelizmente....

Estava fuçando nas minhas imagens. Três coisas interessantes encontradas.
Uma é a foto que eu estava atrás, que não vou colocar aqui.
Outra, deleto um foto sem abrí-la. Simbolismo de um último resquício do passado, talvez?
Outra foi minha pequena obra de arte em um dia ocioso na faculdade, que eu havia esquecido.

Pedro Alves - Linhas e Bordas; Giz branco em lousa.
Hahahaha
Depois de tanto tempo sem olhar pra isso, gostei mais. Não tem muito singificado ou expressão, mas é uma linguagem, e acho que é válido como algo que eu produzi com minha cara.

Comecei a semana com uma leveza incomum. Me sentia bem e disposto a melhorar minhas relações, me dar melhor no trabalho, ser mais comunicativo, etc. E de fato, até fiz isso.
Porque? Não tem porque, eu acho. Nada extraordinário aconteceu.
Mas só porque nada acontece, não quer dizer que algo não possa mudar. Uma sensação, uma perspectiva, uma atitude...
Pena que a efemeridade dessas coisas não deixa esse tipo de felicidade durar muito. A vida é muito rápida para eu sustentar esse tipo de coisa, e acho que estou deixando passar. Ou talvez, jsutamente, foi tudo impressão da minha cabeça só.
Mas, quem sabe né? Tudo que eu preciso é um pouco de insistência, minha e dos outros.

Já que coloquei trabalhos, quem se interessar pode ver meu primeiro trabalho mais "autoral" feito na agência onde eu trabalho.
Depois da intro, você vai er uma medalha surgir. Eu co-modelei essa medalha e animei.
Uau hahaha

That's it. Hope you get the point.
XoXo